Por que não jogar na altitude? Minha opinião é a mesma que tenho sobre capacidade mínima de estádios em fases mais adiantadas de competições. O time local deve jogar em casa, e ponto. Independentemente da altitude na qual esteja a cidade-sede ou o tamanho do estádio, desde que o campo fique dentro das dimensões estabelecidas nas regras.

Se é necessário um período de aclimatação para se jogar, que se faça esta adaptação. Se o clube visitante não tem tempo, azar o dele. Estava certo o presidente do Real Potosí em dizer que não queria jogar no Rio de Janeiro porque a temperatura da cidade é bem acima da que os seus jogadores estão acostumados? Valeria neste caso a mesma argumentação da altitude, que é de que é prejudicial ao atleta? Daqui a pouco vai haver a discussão sobre jogar em lugares muito frios ou em cidades poluídas ou em locais com baixa umidade ou em áreas de risco, como proximidades de favelas, ou sei lá mais o quê dá para colocar nesta lista , etc...

E olha que ainda não começou para valer o debate sobre grama artificial.

P.S.: A Fifa ontem mudou os parâmetros para jogos na altitude. Subiu dos 2,5 mil metros da primeira resolução para 3 mil metros. Com isso Quito e Bogotá passaram a estar habilitada para ser sede de jogos das eliminatórias e os equatorianos e colombianos pararam com a chiadeira. Assim como os mexicanos não haviam reclamado quando estabelecido o patamar de 2,5 mil metros. Sobrou para os bolivianos, que não poderão usar seu principal estádio, o Hernando Siles (foto), em La Paz, a 3,6 mil metros acima do nível do mar.